Pelo desejo de um par ele foi concebido
Embora poucos o quisessem, ele nasceu
Quiseram levá-lo; ela não deixou
Alguém que deveria ficar partiu
Mas ela não o abandonou
Lutou
Enfrentou o mundo
Desafiou a fome
Protegeu-o dos ecos das vozes que teimavam em praguejar
Contra aquilo que seria vergonha para muitos
Mas orgulho para outros
Principalmente para ele, nos anos que se seguiriam
E, coberto pelo manto de Ceres, ele cresceu
O ambiente era turbulento
Ele via o ódio sair de onde deveria sair o amor
E o amor, de onde esperava-se mágoa
Sofria vendo-a sofrer e quase desistir da vida
Não entendia porque as coisas eram assim
Não se conformava com aquilo
Parecia utopia querer que aquilo tudo acabasse
Mesmo assim ele suplicava
E assim descobriu a fé, que vinha não se sabe de onde
E que o ajudava a lembrar de que ainda era uma criança
E que talvez, quando ele crescesse, aquilo acabaria
E contra todas as probabilidades, ele se desenvolveu
Mente sã, corpo são, a despeito de algumas marcas
Descobriu que podia cicatrizar
Ela se descobriu muito forte por ter sobrevivido
Por conseguir sorrir e mostrar a ele as flores no meio das pedras
Ela, que, muitas vezes, preferia ferir-se nos espinhos
Ao invés de despetalar a rosa
Ergue-o e é erguida por ele
Ceres sorri novamente e zela pelos dois.
Engraçado! Só agora passeando por aqui é que consegui entender a verdadeira magnitude deste texto.
ResponderExcluirE não é que eu chorei?!
Ceres sorri e me faz sorrir também, por ter me dado de presente essa pessoa maravilhosa e linda!
Obrigada por cada segundo, por cada momento e pelo fôlego que você me proporciona!
Amo você, muito mesmo.
Pra sempre!